Conheça a Doença Macular Relacionada a Idade (DMRI)

Doença macular relacionada a idade

De acordo com o artigo Global prevalence of age-related macular degeneration and disease burden projection for 2020 and 2040: a systematic review and meta-analysis (a DMRI é responsável aproximadamente 8,7% de todas as causas de cegueira do mundo, acometendo principalmente a população acima dos 60 anos. Com o aumento da expectativa de vida da população é esperado que também tenhamos aumento no número de casos. Por isso a o entendimento, diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para evitar ou pelo menos retardar a cegueira nesses olhos.

Mas afinal que doença é essa?

A cada respiração envelhecemos, cada célula do no nosso corpo.
Na retina, o metabolismo, que é a energia necessária para que tudo funcione do jeito certo, gera “resíduos” que não sendo adequadamente eliminados, vão se acumulando e alterando a anatomia do EPR (epitélio pigmentar da retina), essa deformação é chamada de drusa e é a presença de várias delas na mácula (área mais nobre da visão, responsável pela visão central) que caracterizam a doença. Traduzindo: é como se o envelhecimento do olho estivesse à frente do envelhecimento do corpo.

Que sintomas a DMRI dá?

Antes de mais nada precisamos entender, que embora seja uma única doença, ela apresenta duas formas clássicas, então nem todos os pacientes terão os mesmos sintomas. De forma geral, paciente pode começar a ter dificuldade em definir rostos, em ter que virar o rosto para poder enxergar o centro, ver linhas retas “onduladas”, ver uma mancha preta no centro da visão.

Como diagnosticar a doença macular relacionada a idade?

Como tudo na boa medicina, o diagnóstico parte da consulta oftalmológica. Após isso, geralmente alguns exames são necessários, nem que seja pra documentar o estágio da doença naquele momento ou para investigar as complicações.

Como tratar? DMRI tem cura?

É uma doença que ainda não tem cura, mas dependo da forma da doença, podemos fazer uso de vitaminas com antioxidantes para tentar evitar a progressão da doença ou uso de injeções de intravitreo de anti-VEGF. O tratamento é individualizado. Óculos e colírios não tratam a doença.

Como prevenir?

De acordo com a academia americana de oftalmologia, a recomendação é de a partir dos 40 anos realizem uma consulta oftalmológica a procura das primeiras alterações, que podem começar a serem observadas. A partir dos 65 anos, a avaliação deve ser anual.

Além disso, parar de fumar é obrigatório, pois está mais do que provado que fumantes não só possuem mais chances que os não fumantes de desenvolver a doença, como também de ter a forma mais grave. Exercício físico, pelo menos 3 vezes por semana, pode reduzir em até 70% a chance de o paciente de desenvolver a DMRI exsudativa (que geralmente é grave). Por fim, até a dieta influência na incidência da doença, devendo ser o mais equilibrada possível e a história familiar do paciente, ou seja se um familiar próximo possui a doença, o risco é aumentado.