Pterígio, entendendo melhor a carne crescida
Pterígio, conhecido popularmente como carne crescida ou carne nos olhos é uma das doenças oculares mais comuns da prática oftalmológica, acometendo tanto homes quanto mulheres podendo causar grande desconforto ocular e até mesmo piora da visão.
Na região amazônica este problema mostra-se ainda mais relevante, com boa parte da população apresentando o problema em estágios variados. Afinal, quem não conhece alguém com a famosa carne crescida em seus olhos?
Quer entender um pouco melhor e saber o que pode ser feito com o pterígio? Aqui vamos passar os detalhes que podem ajudar.
Afinal, o que é o pterígio e quão comum é essa doença?
O pterígio é o crescimento anormal do tecido transparente que recobre a parte interna de nossas pálpebras e a esclera (o branco dos olhos) chamado conjuntiva. Nesse crescimento a conjuntiva se torna mais espessa e com vascularização adquirindo uma forma com aspecto de triângulo, com sua ponta voltada para córnea (em direção a parte colorida dos olhos) com coloração voltada para o vermelho ou amarelo, devido aos vasos sanguíneos, dando um aspecto que o olho está constantemente irritado.
Os dados de prevalência de pterígio são amplamente variados mesmo no Brasil, que é um país de dimensão continental, com índices inferiores a 10% em estudos de cidade do sul e sudeste do país até alarmantes 21,2% da população geral e 41,1% da população acima de 18 anos em um estudo nas comunidades ribeirinhas ao longo dos rios Japurá e Solimões(1).
Em mais da metade dos casos a doença afeta os 2 olhos, mas pode ser uniocular também. Podendo acometer tanto o canto interno quanto externo dos olhos em mais de 80% dos casos a região acometida é a interna.
Na região amazônica este problema mostra-se ainda mais relevante, com boa parte da população apresentando o problema em estágios variados. Afinal, quem não conhece alguém com a famosa carne crescida em seus olhos?
Quer entender um pouco melhor e saber o que pode ser feito com o pterígio? Aqui vamos passar os detalhes que podem ajudar.
Causas e sintomas
O desenvolvimento da carne nos olhos está intricado com exposição aos raios ultravioletas e ao vento, fatores que explicam a maior prevalência do pterígio em nossa região, que está bem próxima da linha do equador, onde a exposição a esses raios é maior. Junta-se a isso o fato de boa parte da população, e m especial a ribeirinha trabalhar diretamente nos rios, sendo mais expostos ao vento e ao reflexo solar dos rios, temos uma importância redobrada neste problema. A idade é um fator preponderante, pois quanto mais tempo de vida, mais tempo para a doença se desenvolver. Outros fatores que podem estar implicados são irritações oculares recorrentes, acidentes com produtos químicos nos olhos e exposição prolongada a radiação(2).
Os sintomas do pterígio são amplamente variados, desde os pacientes que não apresenta nenhuma queixa até aqueles que tem perda visual pelo fato da carne crescida estar tampando a visão. Mas os mais comuns são:
· Irritação ocular
· Olhos vermelhos
· Fotofobia (luz incomoda muito)
· Coceira nos olhos
· Ardência ocular
· Sensação de corpo estranho
· Embaçamento da visão
· Lacrimejamento
· Visão tampada
Gradualmente o pterígio pode avançar e aumentar o numero de sintomas conforme evolui, passando a mudar a modalidade de tratamento.
Tratamento
Como sempre dizem, o melhor tratamento é a prevenção. O uso de óculos solares com proteção UVA E UVB ajudam bastante tanto na proteção contra os raios UV, quanto tanto ao vento, mas a carga genética é fundamental, portanto nem sempre é possível impedir o seu surgimento.
Uma vez instalado, é fundamental a avaliação por um oftalmologista competente, tanto para o melhor tratamento, como para avaliação de diagnósticos diferenciais e exclusão de neoplasias (câncer) na conjuntiva(3).
A depender do caso o tratamento pode sser feito com lubrificantes e antiinflamatórios tópicos, principalmente para estágios iniciais e quase assintomáticos, sendo sempre prescrita pelo oftalmologista após a avaliação adequada.
De qualquer forma este tratamento não é definitivo.
Nos casos mais avançados, ou que os sintomas sejam mais intensos, ou mesmo quando o aspecto estético está incomodando a conduta cirúrgica passa a ser a mais indicada.
A cirurgia é relativamente rápida, com um tempo médio de 25 minutos, onde é retirado o tecido anômalo e deve ser feito um transplante da própria conjuntiva, ou outro material biológico na região onde foi retirada o pterígio com intuito de prevenir a recidiva da carne crescida.
Porque marcar a sua consulta agora na Luminus Oftalmologia
Na Luminus Oftalmologia realizamos a avaliação completa do pterígio, bem como a avaliação da saúde ocular como todo, oferecendo as melhores modalidades de tratamento. Os procedimentos são feitos em centro cirúrgico, com as técnicas mais modernas no mercado atualmente, onde para cirurgia de carne crescida sempre fazemos o autotransplante conjuntival para evitar a recidiva (quem não conhece alguém que fez a cirurgia e o problema voltou por simplesmente arrancaram a carne crescida?)(4;5) e usamos a cola biológica para realização do transplante conjuntival(5), ou seja, sem necessidade de pontos(quantas vezes ficamos com medo da cirurgia por risco de ter dor ou incomodo importante), reduzindo totalmente a dor e o incômodo pós operatório, permitindo um retorno mais rápido as atividades normais e um pós operatório com desconforto mínimo.
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(1) https://www.scielo.br/j/rbof/a/V6Fxm6RTTBFtJfhyxJmqCZC/
(2) Yanoff M, Duker JS, editors. Ophthalmology. 3rd ed. St. Louis: Mosby; 2009. p. 248-9.
(3) https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1317
(4) https://www.scielo.br/j/abo/a/6zK7xNJkdW5vRQLds3P3Xjj/?format=pdf&lang=pt